حب الذات

Um dia destes espero que me entendas, que compreendas. Espero que acordes, abras realmente os olhos e gostes de ti e do que tens a teu lado. Espero que me vejas finalmente como vias, como no início de tudo, quando me amavas com todo o carinho do mundo, como quando me tocavas por amor, carinho e saudade. Como quando éramos felizes, a meio do dia, de tarde, a meio da noite ou em plena madrugada, - e não apenas numa dessas alturas. Espero que te lembres de todas as minhas juras de amor, até mesmo daquelas que fiz em silêncio, enquanto serenamente dormias a meu lado. Prometi ser sempre a tua melhor amiga, a melhor parceira, a mais fiel do mundo inteiro. Prometi que lá estaria sempre, sem sequer pensar duas vezes, que n u n c a  te viraria as costas, #NoMatterWhat. Prometemos que se algum dia acabasse, voltaria, e hoje em dia não sei que é feito dessa promessa.  Da minha parte foi dita com todo o coração e amor do mundo, queria mesmo muito cumprir o que disse.  Mas e tu, ainda acre

O mundo dá voltas, tantas voltas que por vezes a vida muda. O mundo gira, gira, e gira vezes sem conta, sem nunca poder parar. Talvez tenha sido esse o motivo, agora que penso, quase me convenço que tenha sido este o sucedido. O mundo girou, deu voltas, e voltas, e foram tantas que nos mudaram. Mudaram os nossos caminhos, as nossas formas de ser, de estar e, porém, até as de agir. Tu foste quem mais mudou. Quem mais se destacou no meio de todo este tornado e de todas estas novas andanças foste tu. Tornaste te uma pessoa fria, brusca, isolada, distante e cada vez mais individual, chego a acreditar que te distânciaste até de ti mesmo. Tornaste me uma pessoa mais insegura, amedrontada, melancólica e duplamente sensível. Receosa de dar e depois a pessoa partir (e de depois tu partires..). E aí, tornei nos companheiros de casa, de quarto e, por vezes, de cama. De quando em vez, são me sussurradas ao ouvido coisas avassaladoras. Eu tento, ignoro, tapo os olhos, os ouvidos e a boca, se fo

Num desses anos, num desses meses, em alguma dessas semanas, nalgum desses dias.. Eu acredito que sim. Podes começar a mentalizar te disso. Num destes dias.. tu vais ver! Vais acordar, vais abrir os olhos e vais ver me. Eu vou conseguir, vou aguentar, encontrar me, descobrir me e, no meio do final, vou ter um início. O início de tudo, o meu início, o meu renascer, o meu esforço, a minha recompensa, a minha felicidade. O mundo dá voltas. O mundo dá muitas, e grandes, voltas e eu vou estar aqui. Eu vou estar aqui e esperar.. esperar para que numa dessas voltas surja a minha, a volta da minha vida. No meio de tantas alguma há de ser. E eu ainda vou recuperar e ter o meu sorriso de volta.  É uma promessa para a vida.

A Lei da vida é a lei do retorno. Algo que vamos traçando á medida que a vida passa, á medida que vamos tomando as nossas decisões, á medida que vamos atuando. Um dia volta precisamente com a mesma força com que o fizemos, e é infalível, tarda mas chega. E aí está ele, a retornar até ti. Chegou devagar, devagarinho, foi te causando dor, reações, deu te mau estar, deu pânico, enlouqueceu te e deu contigo em maluca até pregar contigo na cama. Chegou, glorificou se e ficou, em grande. Quero que saibas que não foi nada disto que quis para ti, não tão grandioso, não tão maldoso, mas veio tal como o senti: grande, profundo e doloroso. Pedi com todas as forças para que um dia a vida me deixasse igualar em ti tudo o que houve em mim, que te mostra se como foi monstruoso, feio e como custou.. e lá está ela a ser cumprida, sem que eu tenha sequer colaborado para isso. Justo ou injusto, foi o que a vida te trouxe para te dar toda uma lição. Hoje, passa de minha a tua dor, e amanhã, por inco

Tenho vindo a perceber muitas coisas. A vida continua sempre. Nem tudo é mau, nem tudo é bom. Nem tudo corre mal, e por vezes nada corre bem. Viver assemelha se mais a sobreviver, na real. Sobrevivemos a fingir que ainda vivemos e andamos por aí mortos a fingir que ainda existe alguma vida dentro de nós. Enganamos nos com todas as histórias possíveis, e imaginárias, de finais felizes, de segundas oportunidades, de reencontros, de pedidos de desculpas mas no fim nada passa de fúteis esperanças, ilusões, falsas espectativas. Um dia isto, um dia aquilo, um dia vou, um dia faço, amanhã vou conseguir, depois volto lá, depois falo.. e nem sabemos se o dia de amanhã chega, tão pouco o depois. E vivemos, vamos vivendo, uma vida que não somente a de agora, acreditando sempre que teremos tempo, que vão existir mais oportunidades, quando o tempo é a primeira coisa a ser perdida, que nunca se sabe quando mas que se pode estar realmente a desfrutar o nosso último. 

Sabes, gostava que soubesses algo. É algo meu, algo íntimo e que preferia não frisar mas se o faço é porque assim o é necessário. Sendo o mais sincera possível, eu só gostava que tivesse sido bom, que tivesses feito o teu papel e cumprisses uma das missões neste mundo, eu não acho que fosse ser assim tão difícil. Gostava tanto de poder mencionar te com orgulho e amor e, em vez disso, sempre que friso o teu nome sinto um vazio, sinto a não correspondência, a falta de amor, de colo, de conforto. Era suposto sabes, tu sabes que era. Diz me, diz me apenas isso, porque é que não é? É tão injusto, é um sentimento tão triste e tão repleto de crueldade. Quando era pequena, perante toda aquela nossa inocência infantil, desejei ser como tu - " Quando crescer, quero ser grande como tu, mãe. " , pena que tudo isso pertença ao passado. Os ventos sopraram e os tempos mudaram, e quando se mudam os ventos mudam se as vontades, e hoje.. oh hoje, tudo o que queria era abrir os olhos e perc

" O Amor nasce dos pequenos detalhes, e morre pela falta deles ", e o pior é que eles têm feito mesmo muita falta. Podia tratar-se de algo bom sabes, de andarmos tão bem ocupados um com o outro que nem tivéssemos espaço de tempo de reparar neles. E quem dera que essa tivesse sido a realidade que nos pertence. Para te ser sincera, não sei que ventos tão sem graça foram estes que a vida nos trouxe. Criaram tanto vendaval, deitaram tanta coisas por mar, perdeu se tanto, no entretanto .. De nós pouco ou nada ficou. Apenas ficamos eu e tu, e se formos a ver bem, com olhos de ver, nem restamos por completo. No meio de tanta corrente de ares perdi a noção. Estou perdida, e escapou se me a noção de tudo o que tem acontecido. Talvez tenha sido o mundo, talvez tenha sido ele o responsável de toda a avalanche, ao girar em sentido contrário ao planeado. Porém, também poderemos ter sido nós. Ou eu, ou tu. Pode ter se dado o caso de um de nós, pelo caminho, termos vindo a dar pass